Para
Rebeca dos Anjos
Flui de mim para o mundo inteiro
Uma alegria triste e descompassada.
Uma alegria de quem sente tudo o que vê
E vê tudo no que sente desatado e grave
Qualquer sentido de palavra e gesto
íntimo
Acalentado publicamente por princípios.
O que sou se perde em meio ao silêncio
De todo ímpeto despedaçado pela culpa.
Não mais uma mulher, mas um corpo
Cheio de um vazio impreenchível
E toda sorte de dores indesejáveis.
Cansada, sou toda solidão que me habita
E a minha poesia é um grito que escorre
Enquanto a minha mão deixa na folha fria:
Minhas dores, meus sorrisos e a minha alma.
Patty Hilmer
Estive relendo aqui, Patty! :)
ResponderExcluirBeijos!